quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Silêncio assassino














Às vezes está enjoado de tanto estresse
Enojado desse mundo corrido
Em que só se trata de trabalho.
Vomitou comida por ter engolido,
Aflito, palavras vivas.
Antes fossem ditas,
Mas ficaram ali, remoídas,
Estragadas,
Causando indigestão.
Depois morreu,
Com o golpe do silêncio,
Que deveria romper-se,
Mas devido à paralisia “palavral”
O que rompeu mesmo,
Foi  a veia da vida,
A via de saída,
Que já estava sendo rompida,
E interrompida,
A cada calar indesejado.
Maldito silêncio.
“Fala,  porra!”
Antes que morra.
E você fica aí impressionado
Com o meu eu  (in)delicado
Mas ignora o silêncio,
Iminente perigo,
Que se não tiver cuidado,
Mata, inclusive você.
E nem venha dizer que foi assassinato,
Nesse caso é suicídio velado.

Indyara Ribeiro

2 comentários:

  1. Há alturas em que parece que vivemos a correr.

    r: Não precisa de ser muito grande, apenas ter espaço suficiente para que as pessoas estejam confortáveis.
    Um dia vamos conseguir :)

    Não te preocupes, vais ao meu cantinho quando podes. Oh, que querida!

    Beijinhos*

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  2. Fiquei sem saber o que comentar nesse post. Acho que não poderei acrescentar nada mais. Sublime, minha querida.
    Um beijo. ♥

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